O CONTEXTO ATUAL DA EDUCAÇÂO E O PAPEL DO PROFESSOR
Ao realizar a análise do texto: ”A importância do professor” de Bárbara Freitag concorda-se com autora no que se refere ao fato de que durante muito tempo houve diversas tentativas (implantação de concepções de ensino, inserção de novas tecnologias, reformas no ensino, entre outras) que buscaram a soluções para os problemas educacionais, como; analfabetismo, evasão e repetência, porém todos não apresentaram resultados. Foi pensado em tudo, mas esqueceu-se do principal, ou seja, da valorização e capacitação do professor.



O professor, como um ser social, histórico, pensante, comunicante, transformador, criador, realizador de sonhos, capaz de ter raiva porque capaz de amar e, sobretudo ele deve saber que ensinar não é transferir conhecimentos, mas criar as possibilidades para que sua própria produção ou a sua construção, que acima de tudo ser reconhecido, quer ver o seu esforço valorizado.
Todos os educadores possuem sonhos, todos querem acreditar do fundo de suas almas que possuem um dom especial, que são capazes de fazer uma diferença, que podem tocar os outros de um modo especial, e também fazer do mundo um lugar melhor. Em determinada época de suas vidas visualizam a qualidade de vida que desejam e merecem. Porém, eles confrontam-se com a desigualdade que faz ver e sentir na pele, que o que realmente desejavam era somente serem valorizados.
Antigamente, dizer ‘eu sou professora ou professor’ trazia à tona uma identidade carregada de orgulho profissional, pois essa profissão tinha prestígio social. Contudo, hoje, se está vivendo num momento de aviamento e de desvalorização do trabalho do professor em todos os níveis. Portanto, torna-se necessário que os mesmos assumam uma postura vigilante contra todas as práticas de desumanização. Para tal prática o saber-fazer da auto-reflexão crítica e o saber-ser da sabedoria exercitada, permanentemente, podem ajudar os educadores a fazer a necessária leitura crítica das verdadeiras causas da degradação humana e da razão de ser do discurso fatalista da globalização.
Pode-se dizer que a luta dos professores em defesa de seus direitos e de sua dignidade deve ser entendida como um momento importante de sua prática docente, pois são muitos os que se preocupam com salários, com capacitação, com condições de trabalho, com a tarefa de ensinar, mas no contexto das escolas todas as dificuldades encontram-se presentes, avolumando-se em torno da figura do professor. Muitos professores perguntam a si mesmo por que tanta sobrecarga de trabalho e porque não podem ser o que são, no agir e no pensar: O sistema os impede? Os governantes os proíbem? Na verdade, o sistema não valoriza o trabalho educativo do professor.
No que se refere à capacitação do professor, sabe-se que o mesmo para se atualizar, precisa sem dúvida de um salário digno, pois as dificuldades de entrar em uma universidade são árdua e mantê-la é mais ainda. Os cursos que existem, os professores não conseguem pagar e os que são oferecidos de graça são raros. Às vezes, para o educador querer não é poder.
A formação dos professores deve partir da concepção de que para uma competente e responsável atuação, os mesmos devem refletir sobre as várias dimensões do processo de ‘tornar-se professor’: constituir sua identidade docente; desenvolver as competências cognitivas, pedagógicas e políticas; aprimorar sua capacidade de pesquisa, estudando e aprofundando-se em temas específicos de sua área, assim como, refletindo sobre a própria prática apoiada por referenciais teóricos.
Sabe-se que todas as áreas da educação necessitam de um sistema aprimorado de formação de seus professores, pois os desafios vividos por estes profissionais exigem qualificações de aquisição de competências, de domínio de múltiplos códigos e linguagens que favoreçam uma atuação intelectual ampla e flexível, capaz de atuar nas mais diversas situações e que sirva como base sólida à apropriação contínua dos conhecimentos específicos que se fizerem necessários.
E a formação continuada dos professores como uma necessidade imperiosa que se impõe a cada dia, seja pelos mecanismos públicos e gratuitos, seja na busca incansável de recurso diferenciado individual e autônomo ou promovido por instituições, agremiações, sindicatos, mas de qualquer forma, sempre consciente, crítica, reflexiva, interativa e plural, através da pedagogia das competências, seja pela autonomia ou pela adaptação da interação entre os três sujeitos: o eu individual, o eu pessoal e o eu social.
A teoria do conhecimento ou o conhecimento pedagógico deve ser construído e ampliado ao longo do tempo pelos profissionais da educação durante sua vida profissional, como resultado das relações entre teoria e prática. Sabe-se que atualmente, a expectativa que se tem do papel do professor, é a que ele intervenha, de forma ativa e reformule sua prática através de avaliações e estratégias diferenciadas, para que, com métodos alternativos, atinja a urgente alteridade, com autonomia e participação consciente e responsável.
Daí resulta a reformulação de sua capacitação profissional para criar um profissional facilitador da aprendizagem, prático-reflexivo, envolvendo nesse processo educativo, não só o seu conhecimento, como também as novas necessidades dos alunos e as ansiedades dos familiares, atingindo metas pessoais, profissionais, institucionais e sociais.
Muitas vezes mesmo sem querer demonstrar o professor possui uma ação partidária que o impossibilita até mesmo de agir e pensar: ‘Me calo para não ser perseguida’, engraçado para quem diz viver num país democrático. É comuns os professores partidários serem ‘taxados’, mas só os fracos se atracam por questões políticas ou pelo jogo de poder. Os partidos geram conflitos entre os professores, professores, pois eles cumprem jornadas de trabalho e convivência juntos, porém apesar dos conflitos existe ainda união, respeito, compreensão nesta família que se chama educação.
É nesse contexto que entra a questão da ética, pois se vive em uma época em que há um grande distanciamento entre a ética e a educação. O problema que tem atualmente é que a ética é considerada de um ponto de vista puramente individual (como somente no âmbito da moralidade particular), estando restrita a esfera privada e que não se relaciona com a esfera pública. Por isso, entre outros motivos, observa-se uma ruptura entre o ético e o político-econômico, entre o ético e o educativo, entre o ético e o entretenimento (divertimento).
É de fundamental importância destacar que a reflexão ética contemporânea vê como possível e imprescindível resgatar a validade intersubjetiva dos juízos normativos (de dever ser), visando ao estabelecimento de um mínimo comum para orientar a convivência nas sociedades plurais. Isto ressalta o papel primordial da educação no processo de formação dos indivíduos, pois pode oportunizar um local dialógico para possibilitar o estabelecimento da validade dos princípios que vão orientar esta mesma convivência em sociedade. É aqui que obtém destaque a relação de pertença entre ética e educação, em que só faz sentido pensar na educação como um processo que possibilite aos indivíduos a validação dos princípios morais que servem de pressupostos para a (con) vivência em sociedade.
É importante sublinhar também os professores sobre a responsabilidade ética no exercício de sua tarefa, sendo que a mesma deve ser inseparável da prática educativa, e a melhor maneira de lutar por ela é vivê-la prática, é testemunhá-la aos alunos através das relações entre professor-aluno. Sendo que a importância da ética hoje se dá pela necessidade, por uma questão de sobrevivência; considerando que a humanidade passa por um momento de anseio por uma vida melhor e acima de tudo mais digna e feliz.
Diante de tudo o que foi exposto pode-se concluir que não existe um movimento linear na modificação do papel do educador. Ele vai se alterando de diferentes formas em situações, isso faz com que eles tenham dupla jornada dupla personalidade. Atrasar o avanço tecnológico em sala de aula não é a função do educador, mas, a função dele é ser capaz, possuir suas qualidade e seus anseios fazendo com que cada dia seja diferente do outro, não se importando com o que fala ou pensam sobre sua proposta.
Neste sentido, ensinar é seu ato maior, então não há formas de desafiar. A forma como as condições de trabalho são superadas se destacam pelo único valor, de uma enorme vontade de vencer e ser feliz profissionalmente.
Nesse sentido, a educação assim repensada e compreendida desencadeia um processo refletido das relações entre a ética e agir pedagógico, através de uma prática educativa que interfira no conhecimento, nas possibilidades, como aprendizes investigadores, num misto de ação e aprendizagem, que envolve a simplicidade da relação da teoria-prática.
Finalizando, pode-se afirmar que mesmo diante de tantas inovações, percebe-se na prática não houve muitas mudanças significativas, desse modo é de suma importância que exista um verdadeiro reconhecimento, bem como, a valorização do papel atribuído ao professor, já que o mesmo não deve mais ser concebido como um técnico, um simples transmissor de conhecimento, mas sim como um profissional crítico e reflexivo sobre questões essenciais em sua prática docente, contribuindo tanto para a renovação do conhecimento pedagógico quanto do próprio ensino, na tentativa de permanentemente o adequar às necessidades dos alunos na época de transição em que se vive.
Isso mostra que não é suficiente mudar as pessoas para transformar a educação e suas conseqüências. Têm que haver mudanças nas pessoas e nos contextos educativos e sociais, de modo a favorecer as relações pessoais entre toda a comunidade, envolvendo discussões e um trabalho em comum.

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